Estudo analisou sobrevida de pacientes em 20 modalidades de câncer durante quatro décadas
BBC Brasil
Médias de sobrevivência de pacientes com câncer na Inglaterra e País de Gales aumentaram de um ano para quase seis anos nas últimas quatro décadas, segundo um estudo.
No entanto, a pesquisa, feita pela entidade beneficente Macmillan Cancer Support constatou uma "lamentável" falta de progresso em alguns tipos de câncer, como os de pulmão e estômago.
A ONG diz que os dados vão ajudar pacientes a encontrar resposta para a questão: "Quanto tempo eu tenho?"
Com base em pesquisas feitas pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, a equipe da Macmillan analisou índices de sobrevivência e tempo de sobrevida de pacientes com 20 tipos de câncer durante quatro décadas.
O estudo usou como referência para sobrevivência marcos como um, cinco ou dez anos após o diagnóstico.
Como tempo médio de sobrevivência foi considerado o tempo levado até a morte de metade dos diagnosticados.
A diretora executiva da Macmillan, Ciaran Devane, disse que o estudo representa um grande avanço. "Tempos médios de sobrevivência dão uma ideia nova e precisa de quanto tempo as pessoas podem esperar viver com cânceres diferentes".
Os números mostram uma melhoria na média total de sobrevivência, de um ano em pacientes diagnosticados em 1971-1972 a quase seis anos para pacientes diagnosticados 40 anos mais tarde.
Seis dos cânceres estudados hoje apresentam médias de sobrevivência de mais de dez anos. A maior melhoria foi verificada em cânceres do cólon: o tempo de sobrevida aumentou 17 vezes.
Em linfomas não-Hodgkin a sobrevida aumentou dez vezes.
Os resultados do estudo mostram, no entanto, que para nove tipos de câncer, a média de sobrevida ainda é de três anos ou menos.
Nas últimas quatro décadas, houve pouca melhoria na sobrevida de pacientes com canceres do pulmão, cérebro e pâncreas.
Leia mais em Pesquisa britânica mostra expectativa de vida em diferentes tipos de câncer
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