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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Chevron perdeu US$ 14,6 bi de valor de mercado por vazamento


A petroleira americana Chevron perdeu US$ 14,6 bilhões em valor de mercado na comparação à média de seus pares da indústria desde 10 de novembro, quando surgiram as primeiras informações sobre o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, informou ontem o "Wall Street Journal".

O valor representa uma queda de 7% nas ações da empresa, que teve ontem suas atividades de perfuração suspensas no Brasil.

Segundo o jornal, o desastre da petroleira BP em Macondo no ano passado, que custou 11 vidas e derramou quase 5 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, mudou a relação dos mercados com crimes de vazamento de óleo.

No pior momento após a catástrofe, o valor da BP chegou a ser US$ 80 bilhões menor, uma queda de 42% em relação aos seus pares do mercado.

— Depois disso, com qualquer derrame, há um temor fundamental sobre o desconhecido — afirmou Robin West, fundador da consultoria PFC Energy, ao jornal.

Na reportagem, o "Journal" lembra que um mês após o vazamento da Exxon Valdez em 1989, no Alasca, o valor de mercado da empresa era exatamente o mesmo de antes do desastre.

E que nas primeiras semanas após o derramamento as ações da companhia caíram no máximo em US$ 3,5 bilhões, uma perda de somente 6%. "Os tempos mudaram" diz.

Outras empresas como ConocoPhillips e Royal Dutch Shell também provocaram derrames de óleo em alto-mar recentemente, na China e no Mar do Norte, respectivamente.

O valor de mercado da Shell caiu US$ 3 bilhões, ou cerca de 3%, em relação a seus pares no período do derrame de Gannet Alpha, em agosto, quando vazaram cerca de 1,3 mil barris, segundo as estimativas.

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